O ROCK VEIO PRA FICAR! ROADFEST EM UBERLÂNDIA.
- Brunno Lifonso
- 3 de out. de 2019
- 7 min de leitura
Atualizado: 29 de dez. de 2023
No dia 23 de Setembro, rolou em Uberlândia, o Road Fest. Um showsasso que reuniu grandes bandas como Scorpions e Whitesnake, na Arena Sabiazinho. E nós aproveitamos o momento pra entrevistar uma grande fã, que esteve presente no evento e que nos contou tudo o que viveu nesse dia, que pra ela, foi super emocionante. Então se liga nessa entrevista, que está demais!
Antes da gente começar essa entrevista, eu gostaria que você se apresentasse pra galera que não te conhece.
"Meu nome é Vitória Beatriz, eu tenho 18 anos, eu curso Engenharia Ambiental na UFU e estou no segundo período."
Beatriz, o Road Fest é uma turnê que levou o nome do verdadeiro rock n'roll pelas estradas do Brasil, até chegar aqui em Uberlândia, como você se sentiu em estar em um evento tão marcante com bandas como Scorpions e Whitesnake?
“Particularmente, eu desde da minha infância eu já gosto muito de Scorpions e durante a minha adolescência, eu comecei a gostar de Whitesnake. Helloween fez parte de algumas brincadeiras com o Guitar Flash. Eu fiquei muito emocionada, porque na minha infância eu fui no show do Scorpions em Manaus e o show não foi muito agradável. Aqui em Uberlândia me surpreendi, não tinha botado muitas expectativas. Me surpreendi, me emocionei e eu amei muito.”

Esses eventos estão sendo cada vez mais frequentes aqui na cidade. Só de grandes nomes da música, já vieram Camila Cabello, Slash e Simple Plan, isso tudo em um fração de quase 1 ano. Como você vê a cena da música migrando pra cá e deixando grandes locais como Curitiba e Belo Horizonte para trás?
“Eu acho muito bom dar oportunidade pra outras cidades, de abrir o palco internacional e ter o reconhecimento como ponto turístico, isso aumenta um pouco a economia da cidade. Não botar só o foco em algumas cidades porque a galera de fora acha que só tem aquelas cidades específicas, aquelas capitais específicas no Brasil, mas não, a gente tem uma grande diversidade que precisa ser reconhecida.”
O show contou com grandes nomes do rock mundial, e isso diz muito sobre como eles devem se abraçar pra criar um show épico para todos os públicos, já que nem todas as bandas tem o mesmo número de fãs. Como você poderia descrever pra gente em questão de estética todo esse evento?
“Então, com relação ao Scorpions, foi muito bem estruturado, todas as músicas tinham um ritmo adequado com as imagens que passavam no fundo. O do Whitesnake, o fundo não mudava, mas foi muito bom. O que me recordo do Scorpions era só um fundo preto com luzes que mudavam, agora o Scorpions colocaram luzes que mudam, que segue o ritmo e ficou muito bom.”
E Beatriz, todo evento ou festival, seja qual ele for, a gente sempre quer levar alguém com a gente, pra poder se emocionar junto. Quem estava com você nessa?
“Meu pai tava comigo, foi muito bom porque foi a primeira vez que eu consegui comprar um presente pro meu pai com o meu dinheiro. Eu ganhei um sorteio de um show aleatório do Camaru e eu vendi esse ingresso e falei que ia comprar o ingresso pro meu pai, pra ir no show do Scorpions comigo, e aí foi o que eu fiz, dei de presente pra ele. E o aniversário dele já tá chegando, então eu já comprei de presente adiantado.”
E como você sentiu que estava seu pai no momento exato do show?
“No momento exato do show, meu pai se sentiu satisfeito, porque meu pai foi em dois shows do Scorpions em Manaus e ele não gostou de nenhum. Teve o show acústico e o show que eles gravaram o DVD, e o meu pai não gostou de nenhum, devido ao calor, devido a má organização, a pouca falta de estrutura. E o meu pai gostou muito do show, tanto que quando saímos, ele elogiou muito a estrutura, muita a organização e falou que deu de 10 a 0 em Manaus.”
E em que ano foi esses shows em Manaus, você se lembra?
“O ano que eles gravaram o DVD foi em 2006 e o acústico foi em 2007.”
Vocês dois gostam das mesmas bandas?
Qual é a sua preferida entre elas?
“Então, meu pai gosta muito de Scorpions, Queen, U2, Guns, e a banda favorita dele é Scorpions e, consequentemente, a minha também. Eu escuto desde criança por causa dele.”
E falando sobre o Instagram, nós acompanhamos você em alguns momentos super emocionais, queria que você contasse pra galera porque você tava chorando tanto nos stories depois de ouvir uma certa música.
“A música que eu chorei chama Still Love You, a tradução dela é “eu ainda amo você”. Essa música me lembra de amores antigos, não só um, mas vários, que eu me declarava e tal, e quando eu penso assim atualmente, essa pessoa sempre me deixou uma marca em mim, então, eu ainda sinto alguma coisa. Não que não que não seja amor, mas eu ainda penso em alguém. Teve também outra música que eu chorei, que foi Wind of Change, porque recentemente um amigo próximo, ele me mostrou um grupo do Whatsapp de assobios, e eu tenho um carinho muito grande por esse amigo, aí eu lembrei dele porque Wind of Change tem uma parte de assobio na música.”
Em questão de substituição de última hora, tu acha que o Helloween cumpriu bem o papel da ausência do Megadeth, que era pra estar junto com essa turnê?
“Então, o som deles não é o mesmo. E com relação a isso, eu não sei muito bem. Tem os fãs de Helloween que devem gostar muito da banda, eu particularmente, prefiro Megadeth, eu queria estar lá no show do Megadeth, mas infelizmente ocorreu isso, mas tá tudo bem, teve gente que se agradou com o Helloween.”
Beatriz, você já tinha ido em outros shows ou festivais como este? Onde?
“Em outros festivais que tem vários palcos, não, mas eu já fui em outros shows internacionais, como o show do Scorpions em Manaus e o do RBD do México, em Manaus também.”
Como a gente já citou por aqui, a cidade já trouxe grandes nomes da música nesses últimos tempos. Qual outra banda ou cantor você gostaria de ver por aqui em breve?
“Então, eu sou muito fã de uma banda chamada The Pretty Reckless, da cantora Taylor Momsen. Essa banda não é muito conhecida, mas eu queria muito que eles viessem aqui, já que os palcos internacionais estão se abrindo pra Uberlândia, eu queria que eles viessem pra cá. E se tivesse alguma oportunidade, já que o Slash veio, o Guns também vim. Tem uma especulação de vim, e eu queria muito que eles viessem.”
E o que você achou dos preços dos alimentos e bebidas no local?
“Exagerados. Muito caros.”
Você acha que isso pode ser mudado nos próximos grandes show como Backstreet Boys ou o preço está justo para um evento desse porte?
“Eu acho necessário mudar o preço, porque se você tem um grande público, então você terá um grande consumo, consequentemente, você terá uma renda boa. Não precisa exagerar no preço, porque as pessoas vão achar absurdo de caro e algumas vão optar por não comprar. Porque o preço de uma água estava 6 reais, eu acho isso um absurdo, porque a água ela é universal, não devia ser cobrado pela água, então se quer cobrar, cobra 2 reais no máximo. Então se você quer lucrar em cima disso, que lucre de uma maneira certa. Extorquir não é o certo.”
Depois dessa entrevista a gente percebe que você curte bastante um rock clássico oitentista. Mas quais outros gêneros tu mais gosta?
“Então, eu sou eclética. E como eu sou de Manaus, é lógico que eu gosto de Axé. Eu gosto muito de Pagode. Eu gosto muito muito de Funk. Eu não gosto muito de sertanejo, mas eu ouço, minha playlist do Spotify tem sertanejo. Gosto de Forró, de MPB, gosto de Pop, tanto que a minha cantora favorita é a Lady Gaga. É isso, eu sou bem eclética.”
Tem alguma em especial que te marca? Ou que tu gosta?
“Lady Gaga, Scorpions e The Pretty Reckless.”
Sendo um pouco invasivo na sua playlist, qual é a sua música do momento? Ou aquela que não saí da cabeça?!
“Música que não saí da minha cabeça, que eu sempre posto, é Drive do Incubus, só que a minha música favorita é November Rain do Guns.”
Rádios como a On FM e Educadora FM estão cuidando muito bem da memória do rock nacional e internacional aqui na nossa cidade. Você costuma ouvir rádio no seu dia-a-dia pra relembrar os bons momentos do rock n' roll?
“Sim. Quando eu venho pra faculdade, eu venho ouvindo essas rádios.”
Pra você, o que não pode faltar de jeito nenhum em festivais e eventos como este?
“Eu acho que uma música que agrade a todos, uma que todo mundo conheça.”
O que você acha que poderia ter sido melhor no Road Fest?
“O final do show. Os cantores poderiam ter tirado foto com os fãs, poderia ter tido esse momento.”

E Beatriz pra dar uma matada final na nossa entrevista. Como você descreveria todo esse show?
“Eu fiquei bem feliz, porque foi a primeira vez que eu fui em um festival que tinha 3 bandas. E eu fiquei feliz porque eu tava com o meu pai, que é uma pessoa muito importante na minha vida, então, eu tava ali, no show da minha banda favorita, num festival grande, com uma pessoa que eu amo, que eu tenho um carinho, então foi muito bom.”
Você iria novamente?
“Sim, eu iria. Eu pagaria o preço novamente se eu tivesse o dinheiro.” (risos)
Qual um recado que você gostaria de deixar pra quem está acompanhando a gente até aqui?
“Olha, pra quem tá acompanhando e não conhece esse estilo musical, eu peço que conheça pra poder ter uma opinião. Eu conheço muita gente que fala “ah, você foi naquele show de rock que só tem gritaria”, sem saber que não era desse jeito, não era esse nível de rock que tava no show. É um Rock que tem melodia, que tem som. O Rock que a galera crítica é o Heavy Metal, que eu também ouço, mas que eu super concordo com muitas pessoas criticarem. Antes de criticar, dar alguma opinião, você tem que conhecer pra saber, para poder opinar sobre. Você não pode dar opinião sobre algo sem conhecer. Então, se eu não gosto de bife de fígado, é porque um dia eu provei e sei que é ruim.”
Quer mandar alguma mensagem para o seu pai que esteve com você nesse momento tão especial?
“Oi Pai.” (risos)
Como a gente tava falando sobre amores antigos. Você quer mandar algum recado pra alguém que pode estar vendo essa entrevista?
“Superei. Superei vocês” (risos)
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Entrevista por: Brunno Lifonso
Imagens: Vitória Beatriz - Arquivo Pessoal