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Cultura local na economia: Como atividades artísticas e culturais sustentam parte de sua comunidade

  • Foto do escritor: Milena Félix
    Milena Félix
  • 14 de abr.
  • 3 min de leitura

Atividades artísticas e culturais são capazes de movimentar grandes quantidades de pessoas que geram impacto econômico em diversos setores da sociedade.


Trabalhar com cultura pode ser o sonho de muita gente, uma vez que fortalece a memória e identidade de um povo, empodera quem a produz, e impulsiona a expressão artística. Porém, além do potencial subjetivo e poderoso, atividades culturais e artísticas também são fundamentais para a economia e capazes de gerar renda para pessoas e localidades.

A virada Cultural de Uberlândia movimenta a Cultura e Economia há mais de 6 edições
Apenas em 2024, a Virada Cultural de Uberlândia contou com mais de 70 artesãos | Foto: Divulgação

Em 2020, o setor cultural foi responsável por 3,11% do PIB do Brasil, movimentando algo em torno de R$ 170 bilhões por ano (maior que o setor automobilístico, por exemplo), segundo dados do Observatório Itaú Cultural. A pesquisa ainda revela que, em 2022, a economia da cultura gerou 308,7 mil novos empregos no Brasil.


O que aqui chamamos de economia criativa ou economia da cultura se refere a práticas e produtos desenvolvidos com objetivo artístico ou cultural, e que guardam a memória de um povo. Essas atividades podem envolver artesanato, apresentações teatrais, dança, música, artes visuais, literatura, cinema, eventos gastronômicos, festas populares e o que a criatividade artística de um povo for capaz de criar.


Em 2024, de acordo com o IBGE, o setor de Outras atividades de serviços, que engloba serviços de artes, cultura, esporte e recreação, representou 5,3% do PIB (outros serviços, porém, também estão envolvidos).

Desde 2002, a Trupe de Truões segue movimentando o cenário tetral de Uberlândia, fazendo girar a economia e a cultura regional
Com mais de 20 anos de atividades teatrais, a Trupe de Truões é referência no mercado regional.

Apesar de gerar muita renda e trabalho, a economia cultural ainda é muito desigual no Brasil. Os dados do Observatório Itaú Cultural revelam que 71,46% da renda gerada pelo setor cultural foi no Sudeste, seguido por 20,48% no Sul, 3,96% no Centro-Oeste, 3,14% no Nordeste e apenas 0,96% no Norte do país (dados de 2020).


Outra problemática que envolve a economia cultural é a grande presença da informalidade. Apesar da grande quantidade de pessoas empregadas no setor, a crescente pejotização desse tipo de trabalho gera instabilidade e insegurança financeira para quem trabalha nele.


A CULTURA LOCAL VISTA DE FORA

A cultura tem impacto direto em sua localidade. Comunidades de todos os tamanhos possuem sua identidade cultural, o que gera atratividade para quem é de fora. Basta pensar em quantas pessoas do mundo todo são atraídas pelo carnaval brasileiro, na expectativa de experienciar um pouco do que é a identidade festiva do nosso povo. A partir disso, várias esferas da economia são impactadas, como transportes, hotelaria, alimentação, etc.


Mesmo em casos de menor proporção, como é o centro de venda de artesanato de qualquer cidade, ou as festas populares locais, várias atividades econômicas são movimentadas em torno de um acontecimento cultural. São eventos artísticos e culturais, principalmente, capazes de movimentar uma grande quantidade de pessoas, gerando renda para diversos envolvidos, para muito além dos artistas.

A tradicional Festa do Congado acontece há mais de 100 anos em Uberlândia, fazendo girar a cultura e a economia na cidade.
O tradicional Congado em frente a Igreja do Rosário | Foto: Valter de Paula/SECOM/PMU

Um exemplo local do impacto de eventos culturais na economia é a Festa do Congado em Uberlândia. Realizada anualmente em outubro, a festa reúne centenas de pessoas, impulsionando o comércio de vestuário, alimentação e transporte, por exemplo — além, é claro, do comércio de artigos religiosos.


O Festival Timbre, também tradicional em Uberlândia, traz turistas de cidades e estados vizinhos, movimento hotelaria, transporte e alimentação. Em 2023, o evento projetava movimentar R$ 10 milhões na economia uberlandense, gerando mais de 500 empregos diretos e 5 mil indiretos. O festival de 2024 se propôs a ser o maior da história do evento, movimentando ainda mais.

Festival Timbre é referência em cultura e economia artística dentro e fora de Uberlândia.
Timbre: O maior festival alternativo do Triângulo Mineiro | Foto: Divulgação

A cultura local gera empregos, movimenta a cena e ajuda a sustentar os sujeitos que nela estão presentes. Desde artistas independentes a grandes empresas, dos food trucks renomados a barraquinhas em frente ao show, tudo contribui para gerar e movimentar renda, como provam os dados. A partir disso, é hora de pensar: como aliar sua arte à economia?

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Texto por: Milena Félix | Jornalista & Escritora

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