A UNIÃO DO ROCK N’ ROLL NO DIA MUNDIAL DO ROCK

Vocês sabem o significado de “União”?! Bem, união é tudo aquilo que é semelhante ou diferente, que se combina para formar algo como uma ligação de esforços e pensamentos formados para um bem comum. E hoje, a comunidade do rock prepara o seu dia com festivais e shows por todo o globo se unindo para uma comemoração pra lá de pesada!

No ano de 1985, nesta mesma data, dia 13 de Julho, acontecia um dos maiores eventos beneficentes do mundo, o grande Live Aid, evento que contava com bandas como Queen, David Bowie, U2 e outros astros roqueiros daquela época.

Em um dia comum como este, em 1985, nascia o Dia Mundial do Rock, diretamente do Live Aid em Londres

Graças a este mega evento que balançou o mundo com apresentações épicas, a partir daquele ano, todo dia 13/07 passou a ser comemorado o Dia Mundial do Rock, a data em que todos os holofotes são voltados a este estilo musical, que um dia já foi considerado violento e bagunçado para uns e uma religião para outros.

O ROCK NO BRASIL (NEM SEMPRE TÃO UNIDO)

Após a queda do rock no país em meados de 2014, pouco ouvimos falar sobre os grandes eventos que aconteciam no Brasil, salvando alguns como Planeta Atlântida e João Rock, que sobrevivem até hoje pela sua grandeza e popularidade, mas bobo é pensar que durante esse gap nada era feito, pois enquanto o rock “descansava” para alguns, para outros a revolução só estava começando. E pulando quase 10 anos depois, temos a volta desse gênero mais presente nas playlists e lançamentos atuais, buscando unir uma tribo que nem sempre foi tão unida nas terras Tupiniquim.

Com a morte precoce de André Matos em 2019 (com o rock começando a querer reaparecer por aqui), um questionamento surgiu na cabeça de quem acompanha esse cenário musical no Brasil, essa questão era 'o quão longe desavenças e egoísmos podem ocasionar problemas não só para bandas, mas para as vidas pessoais dos envolvidos e a vida de nós fãs?'. E este pensamento não era em vão, pois brigas como as ocorridas entre Angra e André Matos aconteceram de monte no cenário do rock no país, levando a caminhos que hoje até hoje nos fazem pensar “E se?”.

André Matos após a sua morte teve uma ascensão meteórica do seu nome no cenário do rock

Em uma entrevista para o canal do Régis Tadeu no Youtube, o empresário do Rock e Metal Paulo Baron, explicou o quão egoísta e ignorante algumas grandes bandas da atualidade se tornaram, comparando o gênero ao sertanejo universitário.

“Hoje as bandas de rock não se preocupam mais em se unir e fazer um show que valha a pena para o seus fãs, veja só o sertanejo no Brasil, sempre está ocorrendo shows em todo território e ninguém está se importando com qual cantor irá cantar junto com outro no dia do evento. Todos os artistas deste nicho montaram uma comunidade onde não há a existência de headliners, ou se eles tiveram desavenças em algum momento, para eles o mais importante é fazer um bom show”.

Paulo ainda complementou dizendo que algumas bandas atuais se preocupam com quem irá tocar após eles e que em muitos dos caso, acaba em brigas com as produtoras dos eventos ou até mesmo entre membros dos grupos, fazendo com que criem “desavenças por ignorância esquecendo-se do principal, a união de todos os grupos para a produção de uma mega experiência''.

NÃO DEIXE O ROCK MORRER!

Em 85, esse problema existia, mas raramente era reportado e a resolução ocorria naquele exato momento de puro estrelismo, colocando tudo (ou quase tudo) nos trilhos. Mas foi através da união de diversas personalidades do mundo do rock naquela época que o Live Aid aconteceu e se tornou a data especial que é hoje. Por aqui, sempre que vemos uma desavença entre bandas, nos perguntamos: “O que aconteceria se Guns n Roses não tivesse se separado? O que aconteceria se Roger Waters não tivesse brigado com o Pink Floyd? O que aconteceria se André Matos não tivesse suas desavenças com os integrantes do Angra?”.

Axl Rose, o grande encrenqueiro do mundo do rock n roll

Neste Dia do Rock, a gente traz uma mensagem não de sermão, mas de união. Vamos fazer essa comunidade crescer e se tornar uma só, não importa se você gosta de rock, heavy metal ou metal extremo, apoie aquele que está ao seu lado, tire seus preconceitos de lado e se unam para uma causa maior, não importa se seu amigo gosta de U2, o outro de Gojira e outro de Black Sabbath, perceba que todos possuem a mesma influencia, o som de uma boa guitarra, uma bateria de boa qualidade e um volume altíssimo em comum.

Volte seus pensamentos a esta mensagem e vamos fazer o rock and roll maior do que ele já foi! Vida longa ao Rock!

Ps: Vocês querem uma indicação de uma boa playlist para esse dia especial? Confira nossa seleção no Spotify, clicando aqui.

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Crítica por: Miguel Correia e Brunno Lifonso

Imagens: Divulgação/Internet