A HISTÓRIA DO POLÊMICO TWERK
- Thais Campos
- 30 de jun. de 2020
- 3 min de leitura
Atualizado: 1 de set. de 2020
Muito se fala sobre o seu jeito polêmico associado as grandes apresentações ocorridas anos atrás, mas poucos sabem suas origens, e é exatamente sobre isso que queremos compartilhar com vocês hoje.
O Twerk é um estilo de dança em que a maior parte dos movimentos é voltada para os quadris e em agachamentos, se baseando principalmente na sensualidade, liberdade corporal e movimento com os glúteos.
Não se sabe a exata origem do termo, mas possivelmente é uma junção das palavras twist (que pode ser vista como giro, volta ou movimento circular) e jerk (que pode ser interpretada como movimentos repentinos), duas palavras em inglês, já que a origem desta dança é em New Orleans, nos E.U.A., em clubes de striptease, que mesmo com suas influências de danças de tribos da África Subsaariana, como a mapouka, se moldou e se fortaleceu graças à bounce music, inclusa na cultura hip hop. A popularização se iniciou na década de ‘90, através das músicas e videoclipes.
Esse estilo de dança se popularizou principalmente após 2013, com Miley Cyrus, que dançou esse estilo no clipe da música “We Can’t Stop” e na icônica apresentação do VMA do mesmo ano que gerou muita polêmica.
O primeiro videoclipe do single “Work”, de Rihanna, ela e seus bailarinos dançam coreografias baseadas no estilo. A música e o clipe tem a participação do rapper Drake. A música faz parte do álbum ANTI (2016), que foi o oitavo álbum de estúdio da cantora.
No Brit Awards de 2016, Rihanna e Drake apresentaram e tiveram sua performance avaliada como uma das mais sensuais da noite, devido à cantora, que dançou o estilo durante a performance, usando de muita desenvoltura e sensualidade.
A COMPARAÇÃO COM O FUNK
No Brasil esse estilo ainda não é tão conhecido, mas vem ganhando visibilidade e adeptas devido à semelhança com a dança funk brasileira. Ao ver uma apresentação de twerk pela primeira vez, é possível notar semelhanças com o funk, e realmente tem algumas características parecidas, mas o twerk é diretamente ligado à cultura hip hop e às strippers, já o funk brasileiro se originou em outra época e sem ligação alguma com o twerk além dos movimentos similares, sem que haja correlação com os movimentos sociais e culturais de cada um.
Os movimentos com a pelve são bem similares e carregam muita influência da cultura afro, o que significa que os protagonistas do twerk no início eram negros. Já no Brasil a dança funk era protagonizado por mulheres de comunidades periféricas, que já tem um domínio pélvico que é enfatizado pela própria cultura afro-americana que temos, mas mesmo com essas semelhanças, enquanto o funk utiliza do deslocamento do osso pélvico para fazer a dança, o twerk utiliza mais do movimento dos glúteos, sem ter muito foco no osso, o que mostra que a diferença entre os dois se encontra exatamente na movimentação. No twerk é visto coordenação motora envolvendo os músculos do glúteo e no funk é um quadril mais solto.

Visto que o twerk tem relação direta com o hip hop, vários movimentos do twerk usam de força e resistência no chão e tem certa inspiração no Break, que utiliza de bastante footwork, com muita força e resistência nos braços para a execução dos movimentos. Outro ponto dessa relação é os giros no chão.
Esse estilo também tem as batalhas, em que interação, improviso e criatividade são necessários para uma boa apresentação.

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texto por: Thais Pessoa